O coqueiro anão e gigante são duas espécies encontradas em Sergipe e estão sendo estudados por pesquisadores da Embrapa Tabuleiros Costeiros. O objetivo do estudo é unir as características dos dois tipos de cocos para melhorar a produção e gerar mais renda para o produtor.

O supervisor do projeto, Leandro Eugenio Cardamone Diniz, explica que tanto o coqueiro anão quanto o coqueiro gigante fazem parte de uma mesma espécie, a Cocus lucífera. Sergipe possui as duas variedades, sendo que o coqueiro anão alcança três metros de altura e tem como foco a produção para o consumo da água de coco. Já o coqueiro gigante, alcança entre 20 a 30 metros de altura. O coco produzido pelo coqueiro gigante tem uma alta produção de albume, a parte branca do coco, utilizada pela indústria na produção de coco seco, leite e óleo.

A Embrapa vem trabalhando nos últimos anos com a produção do coco  híbrido, tentando realizar o cruzamento do coqueiro anão com o gigante.  “Essa produção possibilitaria ter como resultado o híbrido tendo uma produção tanto da água quanto da parte do albume. Só que o problema do híbrido é que obviamente ele não vai crescer só até três metros como o coqueiro anão, então depende de um programa de melhoramento para que você tenha as características de interesse do fruto numa planta que não passe de oito a 10 metros”, explica.

O supervisor do projeto, Leandro Eugenio, explica que a Embrapa possui dois bancos ativos de germoplasma. O primeiro banco foi no município de Neópolis, no Betume, mas por conta da distância e pela escassez de água os pesquisadores fizeram uma amostragem e transferiram esse material para Itaporanga d’ajuda.

A coordenadora do projeto, Tatiana Santos Costa, destaca as etapas do processo . “Primeiro vem a seleção das plantas onde é feita a coleta da folha e trazida para  laboratório para fazer a limpeza, cortar e fazer a extração do material genético. Depois a gente faz a padronização desse material genético e a análise do DNA, e por fim a avaliação de melhoria”.

O supervisor Leandro Eugenio ressalta que o objetivo é reduzir o número de plantas em campo, e com isso reduzir o custo de manutenção e indicar as melhores plantas para que o programa de melhoramento possa usar para a produção de novas cultivarias.

“A partir do momento que você tem novas cultivarias, mais adaptadas e mais produtivas o produtor acaba tendo um maior ganho de renda, então ele consegue produzir mais e ter uma melhora na condição de vida”, explica Leandro.

DCR

O projeto é fruto do Programa de Desenvolvimento Científico regional (DCR) desenvolvido pela Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE)

 

 

Fonte: Fundação de Apoio a Pesquisa e a Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe