Leão cecil

Um leão, considerado símbolo do Zimbábue, foi morto e um dentista americano é o principal suspeito. A organização conservacionista Força de Preservação do Zimbábue denunciou Walter Palmer às autoridades e, segundo a entidade, o dentista pagou US$ 50 mil para caçar o felino. Conhecido como Cecil, o leão tinha 13 anos e era uma atração turística muito conhecida. Ele liderava um bando de três fêmeas e seus descendentes. Sua carcaça foi encontrada sem a cabeça.
Walter Palmer teria, com ajuda de cidadãos locais, atraído o animal para fora do Parque Nacional Hwange com uma isca, para então acertá-lo com uma flecha. O bicho não morreu naquele momento, no entanto. Quarenta horas depois, ele teria sido morto com um tiro. Dois locais suspeitos de terem ajudado foram identificados e responderão a processo. Palmer é dentista do estado de Minnesota e já apareceu na imprensa americana anteriormente por causa de seu hobby de caçar.
Dois cidadãos do Zimbábue que se envolveram no episódio foram acusados de caça ilegal, porque o grupo não tinha permissão para a atividade. Os homens podem pegar até 15 anos de prisão no Zimbábue caso sejam condenados. Eles deverão se apresentar a um tribunal nesta quarta-feira (29/07).
O jornal britânico Guardian falou com um porta-voz do dentista que disse que ele “está muito chateado sobre tudo isso”. “Até onde entendi, Walter acredita que ele pode ter atirado nesse leão que estão chamando de Cecil. O que ele vai lhe dizer é que ele tinha as autorizações legais apropriadas e que ele contratou guias profissionais, então ele não vai negar que poderia ser a pessoa que atirou nesse leão. Ele é um caçador de animais grandes. Ele caça por todo o mundo”, afirmou o representante.