A cientista da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), no Rio Grande do Sul, Daiana Ávila irá compartilhar suas experiências e conversar com o público sobre seu trabalho no perfil do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação no Twitter (@mcti). Os seguidores poderão participar enviando, a partir desta segunda-feira, 21 de setembro, as perguntas com a hashtag #DaianaNoMCTI. Na sexta-feira, 25, a partir das 15h, a pesquisadora irá responder as questões dos internautas.
Em 2015, Daiana foi uma das vencedoras do Prêmio L’Oréal/Unesco/ABC Para Mulheres na Ciência no Brasil. Por liderar um estudo sobre uma nova terapia para a esclerose lateral amiotrófica (ELA) – uma doença genética, degenerativa e sem cura -, a pesquisadora foi uma das sete contempladas na premiação. “Esse reconhecimento vai ajudar na valorização do uso de modelos alternativos na investigação científica, comuns nos Estados Unidos e na Europa, mas ainda pouco difundidos no Brasil”, afirmou a pesquisadora.
A ELA atinge aproximadamente 12 mil pessoas no Brasil. Esta doença acarreta paralisia motora progressiva, irreversível, de maneira limitantes. A cientista Daiana Ávila utiliza um modelo alternativo ao uso de mamíferos para investigar se compostos como o carboidrato trealose e a vitamina E podem ser utilizados como agentes terapêuticos, atrasando o desenvolvimento da doença e melhorando a qualidade e a expectativa de vida dos animais por ela acometidos.
Trajetória – Mestre e doutora em Ciências Biológicas (Bioquímica Toxicológica), Daiana Ávila fez seu pós-doutorado na Vanderbilt University, nos Estados Unidos (EUA), até assumir o cargo de professora adjunta da Unipampa. Na universidade, criou e lidera o Grupo de Pesquisa em Bioquímica e Toxicologia em Caenorhabditis elegans, onde as pesquisas são desenvolvidas.
Daiana tem experiência com toxicologia e farmacologia de organocalcogênios e neurotoxicidade de metais, utilizando o nematoide C.elegans como modelo experimental na área. Além disso, o grupo de pesquisa liderado por ela trabalha com avaliação de nanocápsulas, farmacologia de produtos naturais e com avaliação de novas drogas contra doenças neurodegenerativas em C. elegans. O grupo interage com diversos pesquisadores brasileiros e também internacionais, buscando a ampliação do uso do modelo alternativo ao uso de mamíferos em consonância com a política dos 3Rs em pesquisa (em português, refinar, reciclar e substituir).
Fonte: MCTI.