Pesquisa desenvolvida no Instituto Nacional do Semiárido (Insa), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), revelou o potencial da palma de espinhos, como é conhecida a Opuntia dillenii, para a alimentação do gado e a recuperação de áreas degradadas e em processo de desertificação no semiárido.

Os resultados surpreenderam os pesquisadores, que cultivaram a planta entre agosto de 2015 e junho de 2016. Em dez meses, a palma, cultivada em solo degradado, produziu 7,341 quilos por hectare de massa verde e 5,873 quilos de água por hectare. A pesquisa foi realizada num sítio no distrito de Catolé de Boa Vista do município de Campina Grande (PB).

Segundo os pesquisadores, as plantações de palma de espinhos podem ser transformadas em açudes verdes já que as plantas armazenam alto teor de água. No entanto, o que mais impressionou foi a capacidade de recuperação do solo de áreas degradadas, mesmo daqueles submetidos a severos estágios de desertificação.

“Dados preliminares apontam que o solo do terreno que serviu de base para a experiência apresentou significativa melhora de todos os indicadores de nutrientes e atividade biológica”, diz a pesquisa.

O estudo foi feito pelo estudante de agronomia da Universidade Federal da Paraíba Alisson Santos Albuquerque que abordou o plantio da Opuntia dillenii em “roçados de espinho” no semiárido da Paraíba.

O projeto “Roçados de Espinhos” é uma iniciativa do Insa em parceria com as universidades e institutos federais do estado para investigar o potencial de outras plantas nativas e adaptadas ao semiárido para a formação de bancos de alimentos animal e de açudes verdes.

Fonte: Insa