O júri do Instituto Karolinska de Estocolmo concedeu nesta segunda-feira o Prêmio Nobel de Medicina aos Biólogos David Julius e Ardem Patapoutian por “sua descoberta dos receptores da temperatura e do tato”.
As descobertas dos dois premiados “nos permitiram entender como o calor, o frio e a força mecânica podem gerar impulsos nervosos que nos permitem perceber o mundo ao nosso redor e nos adaptar a ele”, afirma o comunicado da Academia de Ciências da Suécia.
O norte-americano David Julius, 66 anos, biólogo e fisiologista da Universidade da Califórnia, usou a capsaicina, um composto das pimentas picantes, para identificar o sensor das terminações nervosas na pele que respondem ao calor.
Ardem Patapoutian, de 54 anos, é um biólogo e neurocientista armênio criado no Líbano e atualmente cidadão norte-americano. Ele descobriu os sensores celulares da pele e também dos órgãos internos que respondem à pressão.
“A nossa capacidade para sentir calor, frio e o toque é essencial para a sobrevivência e está na base da nossa interação com o mundo. Na nossa vida cotidiana tomamos essas sensações como garantidas, mas como são os impulsos nervosos iniciados para que a temperatura e a pressão possam ser percebidas? A questão foi resolvida pelos neurocientistas norte-americanos”, diz o Comitê Nobel.
Os pesquisadores já haviam ganhado a última edição do Prêmio Fronteiras do Conhecimento, da Fundação BBVA da Espanha, dotado de 400.000 euros (2,15 milhões de reais).
As descobertas destes dois cientistas foram fundamentais para entender como o calor, o frio e o tato geram sinais no sistema nervoso e têm importantes aplicações no tratamento da dor e de muitas doenças.
Com informações da Agência Brasil e do El País.