Foto: Agência EBC.

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Hoje, dia 11 de setembro, comemoramos o Dia do Cerrado. Segundo maior bioma da América do Sul, o Cerrado ocupa área de mais de dois milhões de hectares. Sua área contínua incide sobre os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo e Distrito Federal, além de encraves no Amapá, Roraima e Amazonas.

É no Cerrado que nascem as principais bacias hidrográficas do continente sul americano. Nele ocorrem as mais ricas diversidades de flora e fauna. Muitas populações sobrevivem de seus recursos naturais, incluindo etnias indígenas, quilombolas, geraizeiros, ribeirinhos, babaçueiras, vazanteiros que, juntas, fazem parte do patrimônio histórico e cultural brasileiro, e detêm um conhecimento tradicional de sua biodiversidade.

Ameaça- Tudo isso não foi suficiente para manter o Cerrado em pé, como uma das mais importantes e diversas savanas do mundo.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, inúmeras espécies de plantas e animais do Cerrado correm risco de extinção. Estima-se que 20% das espécies nativas e endêmicas já não ocorram em áreas protegidas e que pelo menos 137 espécies de animais que ocorrem no Cerrado estão ameaçadas de extinção. Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o bioma brasileiro que mais sofreu alterações com a ocupação humana.

É o bioma brasileiro que possui a menor porcentagem de áreas sob proteção integral. Apenas 8,21% de seu território está legalmente protegido por unidades de conservação, o que ainda é muito pouco diante da ameaça de extinção do Cerrado.

Programa Cerrado- Na última semana, a Secretaria de Meio Ambiente da Bahia lançou, na cidade de São Desidério, o Programa Cerrado no Oeste Baiano, em parceria com a Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB).

Dividido em duas etapas – Regularização Ambiental Rural e Prevenção e Combate a Incêndios Florestais – o objetivo do Programa é beneficiar os municípios com maiores índices de perda da vegetação nativa, percentual de vegetação remanescente, e ainda pela capacidade de gestão e a existência de áreas protegidas da região. São eles: Formosa do Rio Preto, São Desidério, Riachão das Neves, Luís Eduardo Magalhães, Barreiras, Correntina, Jaborandi e Cocos.

Através do programa, serão realizadas a prevenção e o combate a incêndios, ações de mobilização, visitas técnicas a comunidades, apoio a restauração e mapeamento de experiências socioambientais no oeste da Bahia.

 

Fontes: EBC e Secom Sema Bahia