A Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), em parceria com a OS2 Engenharia e Consultoria, criou um kit de diagnóstico do vírus SARS-CoV-2, denominado “eCOV”, para superfícies e ambientes baseado no padrão ouro de detecção via RT-qPCR, que detecta a assinatura genética do vírus (RNA) em amostras de swab de superfícies contaminadas.

O kit tem como objetivo a vigilância ambiental do vírus e a criação de estratégias para validar os processos de sanitização em estabelecimentos nesta retomada econômica da cidade de Feira de Santana e região, garantindo segurança para a população e ajudando a se recuperarem dos impactos negativos da pandemia.

Segundo os professores Aristeu da Silva, Eddy de Oliveira, Raquel Benevides e Rogério Santos do departamento de Ciências Biológicas, responsáveis pelo projeto, o eCOV também será usado para mapear e monitorar alguns locais vulneráveis na cidade quanto a circulação do vírus responsável pela COVID-19, como a própria UEFS, asilos e hospitais, garantindo a vigilância e segurança locais.

A Uefs e a OS2 Engenharia assinaram um termo de cooperação no dia 18 de agosto para estimular e transferir tecnologia e conhecimento da universidade para a sociedade; priorizar soluções de problemas relevantes da sociedade usando o espaço da universidade; formação de recursos humanos na graduação e pós-graduação e permitir a captação de recursos para investimentos na formação de estudantes de graduação e pós-graduação, assim como em projetos de pesquisa. Nesta fase inicial, o projeto conta com a participação de uma egressa do curso de Biologia e da PPGEcoEvol-UEFS, e tem também a previsão de estágio via Renova, Empresa Jr. da Biologia-UEFS, com o andamento e escalabilidade da ação.

O vírus SARS-CoV-2, responsável pela COVID-19, é predominantemente transmitido de pessoa a pessoa por meio de gotículas e aerossóis. Embora essas gotículas se degradem com o tempo, os estudos mostraram que o vírus tem potencial de aderência prolongada em superfícies de vários materiais por até cinco dias. Não obstante ainda tenham poucos estudos sobre a capacidade de contaminação do vírus presente em ambientes, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda amostragens ambientais para aumentar os processos de vigilância e medidas eficazes de sanitização e desinfecção.

Fonte: site da UEFS